segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Factor revolucionário

Quantas vezes já o nosso olhar recaiu sobre uma imagem comum, mas tão bela para elevar o nosso pensamento e abrilhantar, mesmo que por momentos, a nossa vida? Exacto, por momentos, porque a vida dá-nos uma razão, ou relembra-nos todas as antecedidas, para essa euforia de viver passar. Num mundo e, essencialmente, num país onde há cada vez mais depressões, casos de distúrbios psicológicos (mais e cada vez em mais tenra idade), senti durante anos que não seria excepção, que em determinada altura, por determinado factor, lá está, me teria ido abaixo até nas coisas que melhor faria. Durante anos senti-me angustiado, sombrio, quase intrinsecamente revoltado, mesmo que sub-conscientemente. Deparei-me então, nessa altura, que teria tido graves deficiências educacionais que poderiam ter repercussões gravíssimas nas minhas ambições (ou falta delas)... Sempre me senti excluído da vida de algumas pessoas que, pela lei natural da vida, me deveriam amar (e aqui, continuo a sentir que não houve qualquer erro de julgamento), mas sempre tinha tido o suporte de outras pessoas, pessoas essas que, com a chegada duma terceira não muito bem vista, me começaram a afastar como que se vissem em mim, uma réplica dele. Pois bem, não o sou e tenho a completa convicção disso, não a tinha pois levaram-me ao ponto de me questionar acerca de mim, mas hoje, ao fim de 4 ou 5 anos, posso afirmar que estou numa espécie de "reabilitação mental". Sinto o factor confiança voltar, o factor auto-estima elevar-se, e o factor dúvida a chegar ao descalabro. É importante aprender-se que estados mentais deploráveis têm consequências no estado físico. Aos anos que não comia tanto como nesta última semana, e sinto o meu corpo a melhorar imenso. Não comia derivado ao factor instabilidade. Agora todos esses demónios desapareceram, agora sinto-me, ao fim de todos estes anos, pela primeira vez, divino. Sinto que, mesmo podendo partir um dia, ou simplesmente não ficar apoiado pelo factor que me remodelou (do qual falarei mais calmamente noutra ocasião), nada voltará ao "antes" pois nutro por esse factor, um outro, o factor orgulho. E esse, por mais que a raiva culmine, por mais que o ódio se exalte, nunca desaparece. E sempre terei esse orgulho por seres tudo o que és, factor "Julieta".

3 comentários:

  1. Gosto tanto do que escreves, parece que me estás a ler a alma..

    Beijinhos, N.

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  2. Simplesmente explícito, bonito de se ler, verdadeiramente encorajador e inspirador...
    Como deves calcular, sou tua fã ;)

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